sábado, 3 de outubro de 2015

Você já viu um meteoro à olho nu ?

asteroide Vesta visível a olho nu no céu


O mês de outubro nos traz uma ótima oportunidade para observar o asteroide Vesta, o mais brilhante visto do planeta Terra e o mais conhecido do Sistema Solar.


No início do século 19, os astrônomos descobriram quatro novos objetos do Sistema Solar, localizados entre as órbitas de Marte e Júpiter. Inicialmente eles foram chamados de planetas, mas em meados de 1800, alguns outros objetos estavam sendo detectados na mesma região... e por serem pequenos, foi criado uma nova categoria de objetos: os asteroides! O nome remete a objetos que se parecem com estrelas quando vistos pelos telescópios, e hoje já descobrimos milhares de
asteroides no Sistema Solar.

De todos os asteroides do Sistema Solar, Vesta é o mais brilhante, com magnitude aparente que varia entre 5 e 8 (quanto menor o valor, mais brilhante é o objeto). Além disso, também é um dos maiores asteroides, com cerca de 560 km de diâmetro. E no dia 29 de setembro de 2015 ele chegou na magnitude aparente 6 durante sua oposição, o que significa que já podia ser visto, no limite da visão humana.


Como encontrar o asteroide Vesta no céu?

Vesta é o único asteroide que de tempos em tempos se torna visível a olho nu, justamente por conta de seu tamanho e de sua composição, o que o torna altamente refletivo. E pra ficar ainda melhor, nesse momento é muito fácil de encontrá-lo, já que ele está duas magnitudes mais brilhante do que qualquer estrela em sua região do céu.


O asteroide Vesta encontra-se na constelação da Baleia nesse mês de outubro de 2015.
Créditos: STELLARIUM / Edição: Richard Cardial



O gráfico acima mostra a posição do asteroide Vesta no céu, às 21h00 do horário local. Por conta de sua oposição (posição oposta ao Sol), ele nasce a leste assim que o Sol se poe a oeste, e se poe a oeste assim que o Sol nasce a leste, ou seja, percorre todo o céu noturno no decorrer da noite. Por volta das 21h00 ele se encontra a uma altura média a leste do céu, na constelação da Baleia.


Agora que você já sabe a localização média do asteroide Vesta, fizemos um segundo mapa celeste com a trajetória exata do asteroide Vesta durante esse mês de outubro de 2015, com uma visão mais aproximada:


Trajetória exata do asteroide Vesta em outubro de 2015.
Créditos: STELLARIUM / Edição: Richard Cardial


Veja que utilizamos as três estrelas da ponta da constelação da Baleia (incluindo a estrela Diphda) para formar um triângulo e facilitar a detecção do asteroide. Em, sua trajetória, Vesta é o objeto mais brilhante.


Dependendo de qual é a sua cidade, talvez o asteroide Vesta não seja facilmente encontrado no céu, principalmente se estiver em uma região com muita poluição luminosa. Nesse caso, qualquer telescópio ou binóculos já é suficiente pra que você enxergue Vesta. Até mesmo em uma fotografia de longa exposição consegue registrar esse belo asteroide no céu noturno.



Para ter certeza de que trata-se do asteroide Vesta, memorize bem a posição das estrelas daquela região que você observou. No dia seguinte, a única estrela que estiver fora de sua posição anterior será na verdade o asteroide. No caso de astrofotografias, compare as imagens de dois dias diferentes, e veja a estrela que se movimentou, pois será o asteroide.


A sonda Dawn da NASA visitou o asteroide Vesta recentemente, e descobriu inclusive que a
água líquida já fluiu em sua superfície. Agora é a sua chance de observar o maior asteroide do Sistema Solar enquanto ele cruza o céu majestosamente.








Fonte: Site Galeria do Meteorito.

terça-feira, 18 de agosto de 2015

Programa Venera Saiba um Pouco Mais a Respeito

Programa Venera (em russo: Венера) foi uma série de sondas espaciais desenvolvidas pelo programa espacial soviético, para a coleta de informações do planeta Vênus. Eram lançadas em pares, com uma segunda sonda sendo lançada uma ou duas semanas após o lançamento da primeira. Os desenhos e os equipamentos carregados pelas sondas da série variaram ao longo dos anos, sendo gradualmente aperfeiçoados para resistir às extremas condições da atmosfera e da superfície do planeta Vênus.


Pionerismo


Mesmo sendo pouco divulgadas, as missões Venera foram pioneiras em vários aspectos:
  • Primeiro artefato humano a pousar suavemente em outro planeta e conseguir transmitir informações durante certo tempo.
  • Primeiras máquinas criadas pelo homem a entrar na atmosfera de outro planeta.
  • Foi a primeira a fotografar e enviar à Terra imagens de outro planeta.
  • A primeira e a realizar o  mapeamento em radar da superfície de um planeta.
As condições extremas de Vênus - temperaturas diárias de mais de 450 ℃, pressão atmosférica 90 vezes maior do que a da Terra e tempestades de ácido sulfúrico - fizeram com que estas sondas não sobrevivessem por muito tempo. As 8 primeiras sondas foram desenhadas para pousar no planeta, enquanto as 8 sondas posteriores foram desenhadas de modo diferente, sendo compostas de uma sonda orbital e de uma sonda projetada para pousar no planeta e resistir por um mínimo de 30 minutos na superfície do planeta antes de ser decomposta.


As Sondas:



 

  • A Venera 1 e a Venera 2
    Estas perderam contato com a Terra antes de chegar a Vênus. A Venera 3 alcançou o planeta em 1 de março de 1965, mantendo contínuo contato radiofônico com a Terra, mas este contato foi perdido logo antes da entrada da sonda na atmosfera do planeta. A Venera 3 tornou-se o primeiro objeto humano a pousar em outro planeta - embora este pouso não tenha sido controlado. A sonda possuía um corpo cilíndrico com uma espécie de redoma no topo, com uma altura total de cerca de 2 m, e havia dois painéis solares laterais de dimensões relativamente pequenas. Uma antena grande (mais de 2 m de diâmetro), de alto ganho, era a responsável pela recepção dos sinais de controle, e uma antena linear longa transmitia os sinais à Terra. Os instrumentos científicos da nave incluíam um magnetômetro, detectores de íons, detectores de micrometeoritos e radiação cósmica. A redoma no topo da nave continha uma esfera pressurizada que continha as insígnias soviéticas, e era projetada para flutuar nos presumíveis oceanos de Vênus, após o pouso (a nave não continha retrofoguetes).
  • A Venera 4
    Alcançou Vênus em 18 de outubro de 1967, tornando-se a primeira sonda a entrar na atmosfera e enviar dados à Terra. A Venera 4 também realizou a primeira comunicação radiofônica sonda-Terra. Ela liberou uma cápsula com dois termômetros, um barômetro, um altímetro e medidores de densidade do ar, 11 analisadores de gás e dois rádio-transmissores. O módulo principal da nave carregava um magnetômetro, detectores de raios cósmicos, indicadores de oxigênio e hidrogênio e detectores de partículas. O módulo de descida conseguiu transmitir informações durante a descida, até alcançar a altitude de 25 km (freiado por paraquedas), onde foi destruído pelas severas condições atmosféricas de Vênus. A Venera 5 alcançou Vênus em 16 de maio de 1969 e entrou na atmosfera de Vênus no mesmo dia, enviando dados à Terra antes de ser esmagada pela atmosfera. Cada nave (Venera 5 e 6) carregava um módulo de pouso, dotado de paraquedas, além de instrumental científico. Também carregavam medalhões comemorativos com as insígnias soviéticas e o baixo-relevo de Lênin. A Venera 5 lançou o seu módulo de pouso no lado escuro de Vênus em 16 de maio de 1969, e a Venera 6 o fez no dia seguinte.
  • Venera 7
    Foi a primeira sonda desenhada para resistir às extremas condições do planeta Vênus e a realizar um pouso controlado no planeta. Alcançou Vênus em 15 de dezembro de 1970 e pousou no planeta no mesmo dia. Enviou informações à Terra por 23 minutos antes de ser decomposta pelo calor e pela pressão do planeta. O radar da Venera 7 detectou ventos de mais de 100 quilômetros por hora. Foi o primeiro artefato humano a pousar suavemente em outro planeta e conseguir transmitir informações durante certo tempo. A Venera 8 pousou em Vênus em 6 de dezembro de 1970, sobrevivendo por 50 minutos.
  • Venera 12. Alcançou o planeta em 21 de dezembro de 1978, sobrevivendo por 110 minutos. Sua irmã, a Venera 11, pousou no planeta 4 dias depois, sobrevivendo por 95 minutos, mas seus sistemas de imagens (fotografia, radar) não operaram.

  • Venera 13.
    Enviou à Terra as primeiras imagens coloridas da superfície de Vênus, em 1 de março de 1982, sobrevivendo por 127 minutos, à temperatura de 456 graus centígrados e à pressão de 89 atmosferas.
  • Venera 15. Encerrando a série Venera, em 1983 foram lançadas duas naves destinadas a mapear Vênus com o emprego de um sistema de radar, sem pouso portanto: a Venera 15, lançada em 2 de junho de 1983, e a Venera 16, lançada em 7 de junho de 1983. As partes orbitais da Venera 15 e a Venera 16 realizaram missões de mapeamento da superfície do planeta em 10 e 14 de outubro de 1983. As naves Venera 15 e 16 eram idênticas e aproveitaram a nave base (módulo orbitador) das Venera 9 a 14, ligeiramente modificadas. 
     
Foto tirada pela sonda venera 14


A sonda Venera-D se inspira na missão norte-americana Magellan, porém usará um sistema de radar de maior potência. A Venera-D pretende também localizar lugares para próximas aterrissagens sobre a superfície do planeta. O projeto foi aprovado em 22 de Outubro de 2005, pelo decreto No. 635, a desenvolver entre 2006 e 2024.


A Venera-D


É o primeiro projeto espacial russo relacionado com o planeta Vênus (deixando de lado o Programa Venera e as sondas Vega 1 e 2 lançadas pela antiga União Soviética). A Venera-D pretende servir de modelo experimental a uma nova geração de sondas russas destinadas à investigação de Vênus, que culminarão com módulos de descida e aterrissagem capazes de suportar as condições adversas da atmosfera venusiana. Está previsto que a Venera-D será lançada a bordo do foguete Proton, porém também é possível que se empregue um foguete Angara, ainda em fase de desenvolvimento e será muito mais potente.
A Venera-D forma parte de um programa de renovação da indústria espacial da Rússia, junto à missão Fobos-Grunt, a primeira sonda russa à Marte após o fracasso da Mars 96.

* Estas são informações sobre uma missão espacial e estão sujeitas a serem alteradas bem como canceladas.





Fonte: Wikipédia e Blog do Astrônomo


Missão da Nasa simula exploração de Marte no Havaí


 
Missão no Havaí simula exploração a Marte - DIVULGAÇÃO/HI-SEAS / divulgação/hi-seas 
 
Programa vai confinar seis pesquisadores por um ano para avaliar qual seria o comportamento da tripulação no planeta vermelho.
 
No próximo dia 28, seis pessoas serão colocadas em uma estrutura com cerca de cem metros quadrados construída a 2,5 quilômetros de altitude, no alto do vulcão Mauna Loa, no Havaí, onde ficarão confinadas por 365 dias. Durante todo esse período, a alimentação será similar a dos astronautas, composta majoritariamente por produtos desidratados, e a comunicação com o mundo exterior será apenas eletrônica, com atraso forçado de 20 minutos. Os passeios na parte exterior do complexo só poderão ser realizados com trajes especiais, e as tarefas externas serão constantes. E todo esse sacrifício é feito em nome da ciência. O objetivo é simular uma missão exploratória a Marte, para avaliar o comportamento e aspectos psicológicos e de relacionamento da tripulação.


Vai ser bastante estressante para eles. O tempo é muito longo, mas estão animados — conta Kim Binsted, pesquisadora-chefe do projeto Hi-Seas (Hawaii Space Exploration Analog and Simulation). — Nós queremos saber como apoiar e monitorar uma tripulação para que eles possam realizar missões de longa duração sem querer matar um ao outro.
São três homens e três mulheres que passaram por um intenso processo de seleção, que tinha em seu início cerca de 150 candidatos de diversas partes do mundo. A dedicação por um ano, que os obriga a darem uma pausa em suas carreiras, é praticamente voluntária. Cada um receberá uma bolsa de US$ 15 mil, bem abaixo da média salarial americana. Kim explica que a ideia foi escolher pessoas com perfil parecido com o de astronautas, que estejam preparadas para suportar situações complexas e de extrema responsabilidade.



É um ambiente técnico, qualquer erro pode colocar a missão em risco — diz Kim. — Existem alguns motivos para as pessoas se candidatarem. O principal deles é que muitos sonham em se tornar astronautas de verdade, e veem a missão como interessante para terem no currículo. Outros querem testar os seus limites, ou desejam fazer uma contribuição real para a ida do homem a Marte.


A previsão é que o projeto americano de enviar os primeiros seres humanos a Marte aconteça na década de 2030. O Hi-Seas é o principal experimento de simulação de exploração marciana realizado pela Nasa. Iniciado em 2013, ele já teve três outras missões, mas todas com duração menor: duas de quatro meses e uma de oito. Um estudo semelhante foi realizado entre 2007 e 2011 pela Agência Espacial Europeia, em parceria com Rússia e China, que confinou três voluntários por 520 dias.
Essa repetição é considerada essencial para validar estatisticamente os resultados. Apesar de terem durações diferentes, as quatro missões do Hi-Seas têm a mesma dinâmica para que os cientistas possam perceber similaridades no comportamento da tripulação.



Pelas missões anteriores, nós pudemos observar que a tripulação fica estressada, alguns com sinais de depressão, principalmente na etapa final. Queremos ver se isso se repetirá — exemplifica Kim.
As condições são extremas, mas todas as tripulações completaram o período de confinamento. Porém, ao ser questionada sobre a possibilidade de algum participante abandonar a pesquisa, seja por questões familiares do lado de fora ou por problemas de saúde, Kim deixou claro que o isolamento pode ser revisto.


Nós podemos tirá-los — afirma Kim. — Se acontecer alguma coisa com familiares, se a pessoa tiver um problema médico, nós tiramos. Obviamente isso não aconteceria em uma missão real, mas é um estudo. Não vamos arriscar a vida de ninguém.




Fonte: O Globo

segunda-feira, 10 de agosto de 2015

Como fazer um Telescópio Caseiro por menos de 30$



Bom primeiramente temos que entender o que é um telescópio.
Telescópio é um instrumento ótico que serve para captar luz e ampliá-la com nitidez até nossas córneas.

O Telescópio foi inventado por Hans Lippershey e um ano depois foi aperfeiçoado por Galileu.

Tipos de Telescópio:

Refrator
Refrata a luz do objeto até a pupila, usa-se lentes.

Refletor
Reflete a luz do objeto com perda de uns 10% de brilho de luz captado pelo seu tipo de montagem, utiliza-se espelhos e não lentes.

Catadióptrico
Mistura dos dois acima, usando espelhos e lentes, possui um ótimo desempenho porém abertura muito grande e muito caro.


Bom, mas e agora a pergunta que não quer calar como fazer um telescópio? Ou melhor como fazer o meu?

Bom é muito simples, o telescópio é um intrumento com duas lentes uma lente grande e uma menor ( que chamamos de focal ).


Então bora lá fazer o nosso?



Nós vamos precisar de:
uma lupa grande ( qanto maior melhor )
uma lupa pequena ( quanto menor melhor )
um cano de PVC (do diametro da sua lente maior)
um cano de PVC (do diametro da sua lente menor)
algo para deixar o interior do cano de preto (ajuda a corrigir um pouco da aberração acromática)
um tampão de pvc de acordo com o diâmetro do cano de PVC maior
um tampão de pvc de acordo com o diâmetro do cano de PVC menor
Cola universal ou cola de secagem rápida ( super bonder etc... )
Um espelho do tamanho do cano de PVC menor
Parafusos


Mãos à obra:

Primeiro vamos definir nossa distância focal, para isso coloquemos uma lupa na frente da outra ( A maior na frente da menor ), coloque a lupa menor próximo ao seu olho e vá se distânciando da maior, quando você ver a imagem nítida na outra lupa essa será sua distância focal, portanto marque essa medida.

Agora que temos a medida da disância focal, vamos pegar um pedaço do cano de PVC menor cerca de 5-7cm e então cortaremos uma das pontas a 45°; pagaremos o espelho e vamos colar o espelho nesse cano que cortamos em 45°, agora peguemos o tampão do cano menor e faremos um furo no centro, faremos o mesmo com o outro tampão maior.
Vamos colocar o tampão menor no tampão maior de modo que fique os furos um junto ao outro, e então parafusaremos, depois de bem apertado vamos colar o tampão menor no cano com o espelho.







Com a distância focal já anotada vamos diminuir 10cm essa distância, ou seja digamos que sua distância focal seja 600mm (60cm) então diminuiremos para 500mm ou 50cm.
Com a distância já diminuída, vamos cortar o cano maior com essa medida.
Depois de cortado vamos deixá-lo preto por dentro com a tinta ou seja lá o que for.



Agora vamos colocar o tampão maior no cano maior e ver onde o espelho fica, e então perfuraremos no cano de modo q possamos ver o reflexo da abertura do cano pelo buraco perfurado, furaremos o cano na medida do diâmetro do cano da lente menor. E colocaremos o cano da medida da lente menor nesse orifício com cerca de 5cm e colocaremos mais um pedaço de 5cm de cano um pouco menor dentro deste cano, fazendo assim um ajuste fino de foco.






Pronto nosso telescópio está pronto.



Indico fazer uma base de suporte.
Pessoal em breve terá um video explicando melhor, e pasmem gastei 25 reais neste telescópio.


Se você quiser saber mais sobre telescópio clique AQUI

sexta-feira, 7 de agosto de 2015

Brasileiros ganham Olimpíadas de Astronomia Internacional

    Equipe brasileira
    Equipe brasileira 




Quatro estudantes brasileiros do ensino médio ganharam menções honrosas pelo alto desempenho individual na 9ª Olimpíada Internacional de Astronomia e Astrofísica, na cidade de Magelang, na Indonésia.




Os premiados foram Carolina Guimarães, única representante feminina e de escola pública, de Vitória, Felipe Barscevicius, do município paulista de Sorocaba, João Paulo Paiva, de Curitiba, e Yassin Khalil, de Primavera do Leste, em Mato Grosso – os três de escolas particulares.
Os alunos foram avaliados individualmente, em provas de teoria, observação e análise de dados, e em grupo, para a escolha da melhor equipe. A competição ocorreu entre os dias 26 de julho e 4 de agosto com a participação de 45 equipes de 41 países.




"Foi uma experiência incrível, sempre foi um sonho participar de uma olimpíada internacional. Participo da Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica desde os oito anos", conta Carolina, logo após o desembarque em São Paulo, na noite dessa quarta-feira (5). Ela tem 18 anos e estuda no Instituto Federal do Espírito Santo. Carolina disse que sempre gostou e leu sobre o tema, mas intensificou os estudos no ano passado, depois de ser selecionada para a Olimpíada Latino-Americana de Astronomia.






O estudante Pedro Henrique Dias, de Porto Alegre, e os líderes de equipe Eugênio Reis, do Museu de Astronomia e Ciências Afins, do Rio de Janeiro, e Gustavo Rojas, da Universidade de São Carlos, também integraram o grupo brasileiro, que ficou em 20º lugar na prova entre times.






O físico Gustavo Rojas, pela quarta vez líder na competição, comemora o resultado e destaca que este ano nem metade dos países recebeu a menção concedida a quem tira acima de 50% nas provas individuais. "E, se comparada a Olimpíadas anteriores, a de 2015 teve um nível maior dificuldade nas provas. O Brasil se destacou", disse, ao acrescentar que o teste mais interessante este ano foi a construção de um telescópio. "Os alunos receberam um kit com os componentes para um telescópio de baixo custo. Tiveram que montar e depois usar o aparelho na prova de observação da geografia da Lua."




Preparação:

 

O processo seletivo para a Olimpíada Internacional começa com a nota na Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA), aberta a alunos de escolas públicas e particulares dos ensinos fundamental e médio. "Dos cerca de 100 mil participantes [da OBA], os 2 mil melhores são selecionados", explica o estudante. A segunda etapa inclui testes pela internet e uma prova final presencial, em que são escolhidos os cinco jovens para representar o país.




Os selecionados passaram por treinamentos intensivos para aprender a operar telescópios e a construir foguetes e bases de lançamento. Este ano, desde abril, estudaram com especialistas do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas, da Universidade de São Paulo e do Laboratório Nacional de Astrofísica, em Brasópolis, Minas Gerais. A última atividade foi um encontro no Planetário Johannes Kepler, em Santo André, São Paulo, para testar os conhecimentos sobre os astros em simulações semelhantes às que encontraram na Indonésia.




A próxima edição da Olimpíada Internacional de Astronomia e Astrofísica será na Índia em dezembro de 2016.





Fonte: UOL notícias

quinta-feira, 6 de agosto de 2015

Astrônomos descobrem a Galáxia mais antiga do universo conhecido.

A imagem mostra a localização da EGSY8p7 na escala de distância do universo conhecido, com detalhe para a observação feita pelo observatório Keck - ADI ZITRIN, CALIFORNIA INSTITUTE OF TECHNOLOGY

 

 

 

Batizada como EGSY8p7, ela está a 13,2 bilhões de anos-luz da Terra




Astrônomos do observatório Keck, no Havaí, anunciaram a descoberta da galáxia mais distante da Terra no Universo conhecido. A EGSY8p7 está localizada a 13,2 bilhões de anos-luz de distância. Como o Universo tem idade estimada em 13,8 bilhões de anos, isto significa que a galáxia observada já tinha se formado apenas 600 milhões de anos após o Big Bang, informa o site Space.com.


A descoberta foi feita com o auxílio de um espectrógrafo infravermelho, que captou as linhas de emissão Lyman-alfa do hidrogênio presenta na galáxia aquecido pela ação da radiação ultravioleta das suas estrelas recém-formadas. E captar essas emissões a uma distância tão grande surpreendeu os pesquisadores.


- Nós vemos frequentemente linhas de emissão Lyman-alfa em objetos próximos, e este é um dos indicadores mais confiáveis de estrelas em formação - afirmou em comunicado o líder do estudo, Adi Zitrin, do Instituto de Tecnologia da Califórnia, em Pasadena. - Entretanto, na medida em que penetramos mais profundamente no universo, o espaço entre as galáxias contém um crescente número de nuvens escuras de hidrogênio molecular, que absorvem o sinal.


O inesperado resultado pode jogar nova luz no entendimento de como o Universo evoluiu em seus primeiros anos. Os astrônomos pensam que o Universo foi completamente opaco a emissões Lyman-alfa por 400 milhões de anos após o Big Bang, por causa da difusão do hidrogênio molecular, mas isso começou a mudar com a formação das primeiras galáxias e o nascimento das primeiras estrelas.


Este processo, conhecido como reionização cósmica, aconteceu gradualmente, com hidrogênio sendo transformado em íons em bolhas que se expandiam. Eventualmente, essas bolhas se tocavam, tornando o universo transparente para as emissões Lyman-alfa. A detecção da EGSY8p7 sugere que o processo de reionização não foi uniforme, com algumas áreas sendo limpas do hidrogênio molecular antes de outras.


- Em alguns aspectos, o período de reionização cósmica é a peça final para o entendimento da evolução do Universo - disse Zitrin. - Além de empurrar a fronteira do que vemos para um tempo em que o Universo tinha apenas 600 milhões de anos, o que é excitante sobre a descoberta é que o estudo de fontes como a EGSY8p7 vai oferecer nova visão sobre como esse processo ocorreu.



Fonte: O Globo